O QUE É AYAHUASCA

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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A MEDICINA DA AYAHUASCA


Conhecida como Santo Daime, Oasca, Xamãe ou Vegetal, a Ayahuasca, nome quechua de origem inca, refere-se a uma bebida sacramental produzida a partir da decocção de duas plantas nativas da floresta amazônica: um cipó Banisteriopsis Caapi (Jagube ou Mariri) e folhas de um arbusto Psychotria Viridis (Rainha ou Chacrona) ou Psychotria Alba.

É também conhecida por Yagé, Nixi Pae, Hoasca, e significa "cipó dos mortos" ou "cipó dos espíritos."

Utilizada por povos pré-colombianos, Incas, e muito utilizada, por pelo menos, setenta e duas tribos indígenas diferentes da Amazônia. É empregada extensamente no Peru, Equador, Venezuela, Colômbia, Bolívia e Brasil.

A aparência da ayahuasca varia entre diversos tons de terra variando entre o bege claro e translúcido ao marrom (castanho) escuro. 

A ayahuasca não é um alucinógeno, o termo correto é enteógeno (gr. en = dentro/interno, Theo = Deus/Divindade, genos = gerador), ou ‘gerador da Divindade interna’ uma vez que seu uso se dá em contextos litúrgicos específicos.
A propriedade psicoativa da Ayahuasca se deve à presença, nas folhas da chacrona, de uma substância enteógena denominada N,N-dimetiltriptami na (DMT), produzido naturalmente (em doses menores) no organismo humano. 

O DMT é metabolizado pelo organismo por meio da enzima monoamina oxidase (MAO), e não tem efeitos psicoativos quando administrado por via oral. 

No entanto, o Cipó possui alcalóides capazes de inibir os efeitos da MAO: harmina e harmalina. 

Desse modo, o DMT fica ativo administrado por via oral e tem sua ação intensificada e prolongada. 

A ayahuasca provoca ‘expansão da consciência’ sem causar danos físicos, inclusive atribuindo à substância propriedades curativas, como reativar órgãos danificados. 

De fato, não há dependência física conhecida. 

Segundo linhas tradicionais de uso, ingerindo essa bebida mágica, pode-se absorver o ‘Espírito da Planta.’ 

Os sentidos são expandidos, os processos mentais e as emoções tornam-se mais profundos. A jornada pode mover-se em muitas dimensões. O vôo da alma, a partida do espírito do corpo físico, uma sensação de flutuar.

A experiência pode em algum ponto revelar visões notáveis, insights, produzir catarses, produzindo experiências de renovação, de renascimento positivas. Visões arquetípicas, de animais, de espíritos elementais, de cenas de vidas passadas, de Divindades, etc. Abre-se o portal de outros reinos da existência.

Nem todos recebem visões na primeira vez que experimentam. O trabalho com Ayahuasca é um processo que exige exame, dedicação, disciplina, coragem, perseverança e tempo para um benefício mais completo. 

Às vezes são necessárias várias sessões para se conseguir esse presente.

Uma vez iniciado o processo da renovação e transformação, estas continuam. 

O grande passo no trabalho com a Ayahuasca é a assimilação dos ensinamentos espirituais e a prática na vida diária.

À ayahuasca atribui-se a cura de males físicos, psicológicos, mentais e espirituais. 

Há estudos científicos preliminares sobre aplicações médicas e psicoterapêuticas.

No Peru os xamãs evocam guardiães, protetores espirituais. 
Evocam carcanas (escudos protetores) através de cânticos de poder (ícaros), do fumo de tabaco, a queima de incensos, e de Sálvia e algumas águas perfumadas (água de Florida, flores de Kananga) que atraem os espíritos.

A jornada com Ayahuasca leva à exploração tanto deste mundo ‘ordinário’, como de mundos paralelos, que estão além de nossa percepção corrente. Podem ocorrer sensações de liberação dos limites normais de espaço-tempo..

Não há dados científicos que indiquem riscos em relação à saúde física. 

***Pessoas com transtorno bipolar (antiga psicose-maníaco- depressiva) não poderão participar da cerimônia porque os alcaloides inibidores de mono-amono oxidase presentes na bebida, como a harmina e harmalina, têm efeito análogo a alguns antidepressivos, como a moclobemida (Aurorix). 

@espacoxamaluzdelsol
Ayahuasca/Mogi das Cruzes/SP
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